Vamos falar sobre a falsificação de azeites?

                                      Você sabe por que isso é tão comum?
 
O azeite de oliva é um dos produtos mais falsificados do mundo, e isso não ocorre somente aqui no Brasil. Como vimos nas semanas anteriores, ocorreu uma apreensão no estado de São Paulo em uma fábrica clandestina de azeite, onde os indivíduos misturavam óleo vegetal, aromatizantes e óleo lampante, produto este que se consumido em grande quantidade é prejudicial a saúde, segue abaixo link de reportagem:

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/06/12/policia-descobre-fabrica-clandestina-de-azeite-na-zona-leste-de-sp.ghtml

Lamentavelmente isso é um problema mundial.

Segundo relatos, as falsificações iniciaram há muitos anos pelas máfias italianas. Em agosto de 1991, um cargueiro turco levou 22 toneladas de óleo de amêndoas do porto de Ordu na Turquia, à região da Puglia, no sul da Itália. Os documentos oficiais diziam que o navio trazia o mais puro azeite de oliva grego. Possivelmente com a ajuda de oficiais, o óleo de amêndoas passou pela alfândega e foi entregue à refinaria de Riolio, um produtor de azeite italiano. Misturado ao produto legítimo, foi vendido para o comércio local como azeite de oliva da mais nobre categoria: o azeite extravirgem. Fonte: https://veja.abril.com.br/ciencia/nem-tao-virgem-assim/

O livro do americano Tom Mueller "Extravirgindade", publicado em dezembro de 2011, fala exatamente sobre isso. A jornada que leva o azeite de oliva às mesas de todo o mundo está tomada pela fraude e pela adulteração, infelizmente. O jornalista também revela como o mercado internacional de azeite pode ser tão lucrativo quanto o de drogas – só que com bem menos riscos. (Disponível neste link: https://www.emporiodoazeite.com.br/produto/livro-extravirgindade-79435)

                                            
A falsificação geralmente acontece quando alguém mistura diferentes óleos (tanto o refinado quanto o azeite de oliva) para aumentar a quantidade em litros, e, então, poder vendê-lo como se fosse azeite extra virgem, que é um produto mais caro. 

Aqui no Brasil essa fraude ocorre principalmente pela falta de um painel de análise sensorial do produto (aonde é realizada a prova do mesmo). O painel, que na Europa é integrado por especialistas, consegue detectar as falsificações.

O rótulo do azeite falsificado que é vendido nos mercados pode ser bonito, atraente, conter todas as informações necessárias, inclusive uma acidez baixa mas isso não basta para saber se o azeite é verdadeiro ou não. Para mais informações acesse: https://www.emporiodoazeite.com.br/blog/Saiba-por-que-você-NÃO-DEVE-escolher-o-Azeite-de-Oliva-apenas-pela-sua-ACIDEZ

E então, como o consumidor pode saber se o produto que está comprando é falsificado ou não?
Para o consumidor infelizmente existe apenas uma forma: PROVANDO.

O consumidor deve realizar dois tipos de teste: Sentir o aroma do produto e, logo depois, prová-lo.

                                     

TESTE DE AROMA:
  1. Coloque pelo menos 15ml de azeite em um recipiente de vidro, que seja fácil de aproximar o nariz (em casa é bom de fazer com um copo raso de vidro);
  2. Aqueça levemente o recipiente com as mãos, logo, aproxime o recipiente do nariz e sinta o aroma do produto.

O QUE VOCÊ DEVE SENTIR: Assim como nos vinhos, os azeites são reconhecidos pelos seus aromas.
 O azeite de oliva extra virgem genuíno é produzido a partir de azeitonas frescas, portanto deve ter aroma de frutas frescas (verdes ou maduras), ervas recém cortadas e flores do campo.

 
TESTE DE SABOR:
  1. Coloque os 15ml do azeite na boca e espalhe bem com a língua;
  2. Puxe o ar pela boca para então engolir, podendo assim sentir o retrogosto do azeite.

O QUE VOCÊ DEVE SENTIR: Existem 3 principais características dos azeites extra virgem: Sabor Frutado, Amargo e Picante. Por ele ser um produto fresco, essas características devem sempre ficar em evidência. Busque reconhecer os sabores e associá-los às referências indicadas no quadro abaixo.
 



É possível também identificar a adulteração do produto através de exames de laboratório, porém isso é bastante custoso.

O consumidor deve ter a consciência de que, quando falamos em azeites de oliva, ele é o principal agente atuante contra a falsificação. No momento em que o consumidor conseguir reconhecer a diferença entre um azeite genuíno de um falso, será possível denunciar os problemas e escolher melhor o produto.

Preze sempre por marcas conhecidas, que estão há bastante tempo no mercado. Também tente comprar o produto em casas especializadas.
Somente tomando estas medidas cautelares é que conseguiremos, de uma vez por todas, acabar com a indústria da falsificação.

 


                                              


                                              

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